espiritualidade
Aconfiamos nossas vidas e familias nas mãos de Maria. Colocamos aqui 31 meditaçôes não somente para o mes de Maria:
Chamam-na a ciência dos santos, e com razão, pois que nos vem dos santos que a ensinaram e, sobretudo a viveram, e é destinada a fazer santos, explicando-nos o que é a santidade e quais os meios de a alcançar. Outros lhe dão o nome de ciência espiritual porque forma espirituais, isto é, homens interiores, animados do espírito de Deus.
Mas, como é uma ciência prática, apelidam-na também a arte da perfeição, por ter como fim conduzir as almas à perfeição cristã; ou ainda, a arte das artes por não haver arte mais excelente que a de aperfeiçoar uma alma na mais nobre, das vidas, a vida sobrenatural.
Contudo, o nome que hoje mais frequentemente lhe é dado é o de Teologia Ascética e Mística.
1) A palavra Ascética vem do grego (exercício, esforço) e designa todo o exercício laborioso que se refira à educação física ou moral do homem. Ora a perfeição cristã supõe esforços que S. Paulo de bom grado compara aos exercícios de treino, a que se submetiam os lutadores, para assegurarem a vitória. Era, pois, natural designar pelo nome de Ascese os esforços da alma cristã em luta para alcançar a perfeição. Assim o fizeram Clemente de Alexandria e Orígenes e, após eles, um grande número de santos Padres. Não é, pois de se estranhar que se tenha dado o nome de Ascética à ciência que trata dos esforços necessários para adquirir a perfeição crista.
2) Sem embargo, durante longos séculos, o termo que prevaleceu, para designar esta ciência foi o de Teologia Mística (misterioso, secreto, e sobre tudo segredo religioso), porque ela expunha os segredos da perfeição. Depois, houve uma época em que essas, duas palavras foram empregadas no mesmo sentido; mas veio a prevalecer o uso de reservar o nome de Ascética à parte da ciência espiritual que trata dos primeiros graus da perfeição até o limiar da contemplação, e o nome de Mística à que se ocupa da contemplação e da via unitiva.
3) Como quer que seja, resulta de todas estas noções que a ciência de que nos ocupamos é sem dúvida a ciência da perfeição cristã: eis o que nos vai permitir assinalar-lhe o lugar que lhe compete no plano geral da Teologia.
Padroeiros
Este departamento tem como baluartes e padroeiros São João Clímaco e Santa Teresa de Ávila.
Sobre São João temos conhecimento de que foi um monge do século VI d.C, no mosteiro do Monte Sinai. Seu nome Clímaco, deriva da palavra grega “klímax”, que significa “escada” e seu dia é comemorado em 30 de março.
Após a morte de seu mestre Martyrius, João, desejando praticar um ascetismo ainda maior, foi para um retiro espiritual aos pés da montanha para levar uma vida de eremita. Por vinte anos ele viveu isolado, estudando continuamente a vida dos santos e, assim, tornando-se um dos mais eruditos acadêmicos da igreja.
Quando ele tinha aproximadamente setenta e cinco anos, os monges do Sinai o convenceram a se tornar o seu hegúmeno. Ele se aplicou às suas funções como abade com grande sabedoria que levou sua fama a espalhar-se. O santo costumava utilizar da analogia da Escada de Jacó para seus ensinamentos espirituais: De sua produção literária, conhecemos apenas´"A Escada da Ascensão Divina"), composta a pedido de João, abade de Raithu, um mosteiro nas margens do Mar Vermelho, e uma obra mais curta chamada "Ao Pastor", provavelmente um curto apêndice da "Escada". A "Escada" descreve como elevar a alma e o corpo a Deus através da obtenção das virtudes ascéticas.
Santa Teresa de Jesus ou Santa Teresa de Ávila é unanimemente considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso.
Deixou vários escritos sobre a vida Espiritual, lidos como literatura na Espanha e como base ascética para os cristãos fervorosos.
O inicio de seu LIVRO DA VIDA:
1. Quisera eu que, tal como me mandaram e deram ampla licença para escrever o modo de oração e as mercês que o Senhor me tem feito, ma dessem para, mui por miúdo e com clareza, dizer meus grandes pecados e ruim vida. Dar-me-ia isso grande consolação. Mas não quiseram, antes me ataram muito neste caso. E por isso peço, por amor de Deus, a quem ler este discurso da minha vida, que tenha diante dos olhos que fui tão ruim, que não tenho encontrado santo -dos que se voltaram para Deus com quem me consolar. Porque considero que, depois do Senhor os ter chamado, não O tornavam a ofender. Eu não só tornava a ser pior, mas parecia estudar o modo de resistir às mercês que Sua Majestade me fazia, como quem se visse obrigado a servir mais e entendesse que não podia pagar o mínimo que devia.
2. Seja bendito para sempre, que tanto me esperou! E, com todo o meu coração, suplico me dê graça para, com toda a clareza e verdade, fazer esta relação que meus confessores me mandam. Que o Senhor a quer, sei-o eu há muitos dias, mas não me tenho atrevido; e que seja para glória e louvor Seu e para que, de aqui em diante, conhecendo-me eles melhor, ajudem a minha fraqueza, para poder servir algo do que devo ao Senhor, a Quem sempre louvem todas as coisas, amem. veja tudo o texto: